quinta-feira, 28 de abril de 2011

Faz tempo que eu não posto por aqui, mas sabem como é né.. 3 ano, vestibular, semana de provas , computador sem internet ( o principal motivo devo confessar!).

Hoje postarei 3 textos que não foram escritos por mim, mas são de um autor desconhecido da maioria, infelizmente.Não digo isso porque ele é meu amigo não, e sim porque acredito em seu talento.Leio suas poesias desde os 12 anos de idade e sei que mesmo ele não acreditando nisto, seu potencial como artista é gigantesco. Ja ri e chorei com seus textos, muitos deles marcaram fases de minha vida.

Esses textos que posto agora, são apenas uma pequena amostra do que este menino é capaz...Tenho textos melhores aqui comigo, porém só os mostrarei com seu consentimento.. Em fim, chega de falar besteiras, deixe que as obras falem por si mesmas...

TEXTO 1 Abriu a geladeira e pegou uma Stella. Entre goles, passava as páginas do computador. Atualização dela. Olhou a foto com aflição. Ela ainda está com ele. Virou a garrafa num gesto tolo de alívio a dor. As lágrimas caiam, escorriam pelo rosto, enquanto no dela, escorria o suor provocado pelo prazer. Balançou a cabeça. Não queria pensar nisso. Levantou-se. Derrubou as garrafas já vazias de cima da mesa. Pegou a chave do carro e um maço de cigarros escondido na gaveta do quarto. Tentou acendê-lo duas vezes enquanto andava pela rua escura e deserta em direção ao carro. Tragou com vontade e pisou forte no acelerador. O ponteiro disparava. Pegou o celular. Uma tentativa. Ninguém atendeu. Amaldiçoou aos ventos. Discou novamente enquanto fazia a curva. Perdeu o controle. Sentiu o carro girar, estava capotando pela pista. Da sua mão, escorregou o celular. O visor rachado mostrava o beijo deles. Estava chamando. Agora, era o sangue que escorria pelo seu rosto. Os olhos se fecham. Ela nunca atendeu. Texto 2

Acendeu o cigarro enquanto tentava escrever alguma coisa. As garrafas já se enfileiravam sobre a mesa. Eram de um verde atraente, nada exagerado. Tragou. Sentia a alma mais leve. Era a única forma de fazê-lo. Mordiscou o lápis. Escreveu. Apagou. O papel continuava em branco.

Secou o suor e tragou novamente seu cigarro. A paciência já se esgotava. Balançava o lápis com cada vez mais força, batendo com a ponta no papel. Nada. Jogou o lápis na parede e caminhou até o minibar. Precisava de algo mais forte.

Pegou uma garrafa de cachaça e serviu uma dose. O quarto já estava tomado pela fumaça e o cheiro de álcool se espalhava. Virou o pequeno copo, colocou um disco para tocar e deitou-se na cama. Ainda sentia a garganta arder.

- No final você vai ter que ficar comigo. – falou esboçando um sorriso irônico.

Não entendia como ela pôde lhe dizer isso. Sabia que a pessoa com problemas a respeito não era ele. Seu sorriso não estava mais lá. Fechou os olhos e o rosto dela rapidamente veio à tona. Ainda a amava.

Abriu os olhos num ato de desespero. Levantou-se, pegou o lápis no chão e tornou à mesa. Os olhos estavam vermelhos. Tornou à mesa, mas jamais tornaria a seus braços. Então as lágrimas caiam e a folha manchava.

E assim ele continuou ali, sozinho...
a escrever.


Texto 3

Sentou-se a mesa de jantar enquanto alguém sentava ao piano e tocava algo melancólico. O balanço do navio o deixava enjoado e já se passavam semanas desde a despedida; o beijo quente do adeus.

A maldita música martelava a cabeça e as pessoas faziam um barulho insuportável. Comeu o prato de comida sem tempero do navio e rapidamente dirigiu-se para fora.

O navio rumava em meio à escuridão e não parava de balançar. A música continuava em sua cabeça. Estava atordoado. Apoiou-se na borda e ficou a observar as estrelas.

- Tá vendo aquela estrela?
- Qual?
- Aquela mais brilhante. É o símbolo de nós dois. Você vai lembrar da gente sempre que olhar para o céu.

Era inevitável não lembrar. A promessa feita ainda adolescente tornava a lhe perturbar. Não sabia onde estava. Ela foi-se junto com sua juventude.

- Coisa boba – sussurrou.

Pegou sua carteira do bolso direito da calça e retirou a foto já amassada de sua esposa. Não era a mesma coisa. Olhou para as mãos já calejadas. Suas escolhas começavam a pesar. Descuidou-se. A foto não estava mais lá.

Olhou para baixo. A foto caia lentamente. Não se permitia a errar.

Mergulhou.

O navio continuou seu caminho enquanto os dois se perdiam na escuridão. Mas a estrela continuava lá, sempre forte, a brilhar.




sexta-feira, 18 de março de 2011

Porque cantar bem com voz de mulher não era suficiente pra ela...

Vi em algum blog por ai.. =)



Que fique a dica ;)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Todo Carnaval tem seu fim...

Pois é , infelizmente acabou a folga... Estamos todos de volta as nossas realidades, chega de alienações carnavalescas, que por sinal foram bem legais este ano ( tirando o fato do Carnaval ter sido roubado e a Beija-Flor levar mais uma vez o titulo da tijuca).

Faz um bom tempo que não apareço por aqui.Mas fazer o que?Simplesmente não estava com vontade de escrever..

Hoje , no tédio de minha casa e com os hormônios a flor da pele, nada me resta a não ser tentar desabafar um pouco...Mas não sobre problemas, acredito que todos ja estejam cheios dos seus próprios , então porque enche-los com mais certo?

Vamos falar de coisas boas...

Meu aniversário foi o máximo!Adooorei, simplesmente perfeito!Todos se empenharam em conseguir boas fantasias, tinha uma ótima comida, bebida, de coração , musica e pessoas dispostas a se divertir! Se existisse um prêmio Nobel para melhor mãe do mundo, o premio com certeza iria para minha mãe!

Ai vão algumas fotos dos meus 18 anos:




*-* Tudo perfeito! =)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011


O sol desaparece no horizonte
Aos poucos a escuridão preenche o céu,
Alguns animais adormecem depois de um longo dia,
Outros despertam prontos para sua vida noturna...
Em meio a uma imensidão de estrelas esta ela
Seu reflexo sobre o mar ofusca meus olhos
Tua luz inebria meus pensamentos
Que vagueiam pelo fantasioso
Me enchendo de esperança
Aquecendo minha alma
E me dando a certeza de que tudo voltará a ser como antes...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

REPASSANDO...


BIG BROTHER BRASIL


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, "se" submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan fez um cálculo de que, se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.